Era uma noite de sexta-feira e a lua estava bela. Meu amigo taxista avistou uma moça na janela. O coração do taxista disparou e muito forte pulso. A moça fez um sinal. Ele parou em frente ao portão de uma velha casa. A moça sorriu, e disse: Você pode levar-me até a rua Gentil Bitencourt? O taxista não via nada ao redor a não se o olhar encantador daquela mulher. Ela entrou no seu táxi. Um cheiro forte de rosas exalou. O percurso feito por aquele táxi parecia infinito. Quando no endereço solicitado chegou o rapaz se assustou. A moça desceu do carro e um forte abraço lhe deu. Beijou-lhe os lábios com paixão. Logo depois, a moça entrou no Cemitério de Santa Isabel e desapareceu. Meu amigo acho aquilo tudo muito estranho, pois já era madrugada. Esperou durante horas, mas a moça não voltou. Retornou para o seu ponto. Ele ardia em febre e se contorcia de frio, mas não conseguia esquecer aquele beijo e nem os olhos daquela mulher.
No dia seguinte, voltou até a casa da moça. Tocou a campainha e esperou a porta se abrir. Uma senhora idosa o cumprimentou:
— Bom dia. O que você deseja?.
—Estou procurando uma moça morena de cabelos longos que pegou o meu táxi ontem a noite.
A senhora olhou o taxista e disse que que sim. Então, ela enxugou uma lágrima e disse:
— Está era a minha filha, Josephina, mas ela já não está entre nós. Ela morreu vítima de um acidente de táxi.
Esta lenda faz parte do imaginário popular do povo paraense. Não há versão certa ou errada na questão de onde ela pegou o táxi ou o que aconteceu após isso com o taxista, pois como diz o ditado popular “Quem conta um conto, aumenta um ponto”.
- AS PROVAS
Uma coisa é certa: Josefina existiu mesmo, pois seu túmulo encontra-se no cemitério Santa Isabel, em Belém e há uma lápide com sua foto, onde podemos ver claramente o broche em forma de táxi em sua blusa. Os frequentadores do cemitério, a consideram uma espécie de santa milagrosa.